Homenagem – Dois anos sem a Olga

, Posted by Felipe Profile 2 at 16:00

Deveríamos ser o vídeo cassete de nós mesmos. Já pensou se pudéssemos parar a fita de nossas vidas, nos mais belos momentos dela? Ou quando algo ruim acontecesse correr a fita para frente, ou simplesmente poder apagar as nossas tristezas quando quiséssemos? Ahhhh seria bom demais.
Eu pararia minha “fita da vida” no dia sete de dezembro de 2007. Exato, um dia antes do falecimento de minha mãe, Dona Olga Moreira. Mas a vida não é assim, sabemos quando vamos chegar, mas não saberemos o dia da partida. Não sei se Deus me ouve agora, mas se ouve bem que ele poderia nos dar um minuto a mais, antes da pessoa que amamos partir.
Você deve estar perguntando o que um minuto a mais antes da morte resolveria. Pois acredito que resolveria muita coisa para quem ama demais um pai ou uma mãe.
Em um minuto poderia dizer:- Eu te amo!- Me perdoe pelos erros?- Sempre te amarei, esteja onde estiver.- Me dê um sinal de lá para contar como é Jesus.- Obrigado por eu ser seu filho.- Obrigado por ser minha mãe.- Obrigado por me amar demais.- E suportar o meu ”menos”.
- Obrigado por me ouvir nesse minuto final.- Vai mãe, a morte não existe!
Em um minuto daria para falar isso e muito mais, faça o teste. Mas como a vida não vai te avisar, você que lê mais uma história de vida minha, não perca tempo, para de ler agora e procure seus pais e diga o quanto os ama, deixe seu coração falar. Amanhã eles podem não estar mais aqui, ou até mesmo você pode não mais estar nesse mundo!
Não sabemos se hoje é nosso último dia aqui na terra, então vamos lá, percamos a vergonha de dizer bem alto para eles: EU TE AMOOOOOO….
Essa semana faz dois anos que estou sem minha melhor amiga, minha mãe. Se disser que é fácil, estarei mentindo, pois até para escrever tudo isso está difícil, a saudade é demais gente. Sou filho único, e fui criado apenas por ela, pois meu pai nos abandonou quando eu tinha quatro anos, e nunca mais voltou. Bem, essa história fica pra outro dia ou se quiserem leiam no meu
site lá conto todo o melodrama, do qual já estou curado, graças à presença de Cristo em minha vida.
Falar da Olga é relembrar uma história feliz. No entendimento de vida e morte, a Olga está mais viva que eu. Superei com dignidade a sua perda, pois coloquei meu egoísmo de lado, e deixei o universo fazer sua parte diante de Deus. Não reclamei, não fico e nem fiquei ”lambendo feridas” que todos nós criamos ao decorrer de nossas vidas. É o exercício da aceitação. Aceitamos tudo em nossas vidas, simples assim: Aceite que todos nós vamos pegar o trem de volta, uns é verdade, de bagagem vazia, mas outros e eu espero estar neste time, com a bagagem da vida repleta de experiências e bondades. Já pedi isso em vida, quando chegar a minha vez de ir, só vai ao meu velório quem doar uma cesta básica para a casa da Sopa de Limeira, isso mesmo! Por favor, lotem meu velório, mesmo que por curiosidade e levem seus alimentos aos pobres. Parem de sofrer por causa da morte, que morte?
Para quem ama de verdade, o amor é eterno e a Olga é esse amor. Aliviem-se, eles estão melhores que nós. Pare de chorar, relembre com alegria o tempo em que ficaram entre nós; a vida continua…e como continua. Uns vão, outros chegam e assim vamos escrevendo nossa história junto às deles, e sempre será assim. O trabalho na caridade vai te ajudar a sofrer menos. Vá distribuir seu amor, leve aquilo que sabe fazer de melhor a um asilo, sanatório, leprosário, hospitais do câncer, ou simplesmente a um vizinho enfermo.
Ao invés de chorar por minha mãe, vou sorrir para a vida e para Deus agradecendo por nós dois estarmos vivos e mais juntos que nunca. Para quem ama de verdade, a morte é apenas uma necessidade de crescimento espiritual, nada mais. Se você perdeu um filho, deixe seu coração aberto, ele vai entrar sempre aí e dizer silenciosamente para ti: ‘’Pai, como é bom ser seu filho, estou vivo na eternidade de seu amor e de Jesus’’.
Não tenho mais condições de escrever, deixo aqui um presente a todos. Uma semana antes de minha mãe partir, senti em meu coração que ela iria embora. Então pedi a ela na época que eu gravasse uma entrevista com ela, sobre sua vida, sobre nós. Aqui vai um resumo da meia hora que gravei. Um bate papo entre filho e mãe, gravado em fita, mas “ARQUIVADO” aqui óh – no meu coração!
Assista e tire uma lição para você.

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